terça-feira, 3 de julho de 2012

Dante Alighieri

Dante Alighieri
 (1.265 - 1.321)
 Nasceu em Florença, estudou letras, ciências, desenho, música, teologia.
Atuou brilhantemente na política, foi exilado, perdeu seus bens, família. 
Foi servo de vários senhores...
Contudo, nunca se esqueceu de seu amor de infância, Beatriz.
Dante no Exílio. Anônimo. Archivo Iconográfico S. A., Itália.
Imagem pertencente à Corbis Image Collections.

O sonho da águia (Canto IX). Ilustração de Gustave Doré (século XIX).
  
Nas entrelinhas de "A Divina Comédia"
Dante comunica poeticamente toda a sua dor no exílio...


A Divina Comédia

'Declarava Dante com essas palavras que a "Divina Comédia" é um poema alegórico. Não somente no poema há alegorias particulares, mas o poema, na sua inteireza, tem uma significação, ou melhor, várias significações alegóricas.'



sábado, 16 de junho de 2012

Escritores da Liberdade

Escritores da Liberdade

“Quando eu estiver defendendo um jovem no tribunal,
a batalha estará perdida.
Acho que a luta verdadeira deve acontecer aqui,
na sala de aula.”
                                                   Erin Gruwell





Erin e os Escritores da Liberdade
 Resenha
 
ESCRITORES DA LIBERDADE. Direção: Richard Lagravenese. Produção: Richard Lagravenese. Roteiro: Richard Lavagranese, Erin Gruwell, Freedom Writers. Elenco: Hillary Swank; Patrick Dempsey; Scott Glenn, Imelda Staunton; April Lee Hernandez; Kristin Herrera; Jacklyn Ngan; Sergio Montalvo; Jason Finn; Deance Wyatt. EUA/Alemanha, 2007. Duração: 123 min. Genero: Drama.

Escritores da Liberdade é um filme baseado em fatos reais, se passa nos Estados Unidos e é caracterizado pelas guerras entre gangues que são motivados por conflitos raciais.

O personagem Erin Gruwell, interpretado pela atriz Hillary Swank, resolve mudar de profissão e dedicar-se à educação, assumindo a disciplina de inglês básico para cento e cinquenta alunos divididos em quatro turmas do primeiro ano do segundo grau no Colégio Winson Higth School em Newport Beach no ano de 1994. O principal interesse de Erin é atuar no programa de integração voluntária por entender que antes de ter que defender um jovem nos tribunais, deverá lutar por ele na sala de aula.

O programa de integração atende jovens com idade entre 14 e 16 anos, envolvidos em conflitos, alguns saídos do reformatório juvenil, outros com monitores de tornozelo para localização, todos moradores de bairros das periferias, tendo que pegar até três ônibus para chegar à escola. 

A Direção da escola mostra-se indiferente às necessidades dos alunos da integração, considerando-os como um prejuízo para a reputação da escola. A escola, aqui representada por todo o pessoal que nela atua, discrimina estes alunos e os consideram incapazes de aprender ou mesmo de interpretar a leitura dos livros da biblioteca escolar. A escola tem uma imagem idealizada do aluno como sendo americano, branco, inteligente e capaz, sendo que as últimas qualidades eles comprovam através de suas notas. Os que preenchem estes requisitos são separados em turmas especiais denominadas “avançadas” e entregues a professores que já alcançaram um status dentro da escola.

Erin percebe logo no primeiro dia de aula o grande desafio que teria que enfrentar. Imediatamente ajusta sua metodologia para alcançar a realidade daqueles alunos. Sua forma de abordagem faz toda a diferença e surpreende não só seus alunos como também a direção da escola, indo repercutir no distrito escolar e por fim até na mídia.

A abordagem de Erin vai de encontro à realidade vivida por seus alunos. Demonstra a eles através de aulas sobre o holocausto e as consequências, que o mundo pode sofrer quando uma raça se sobrepõe a outra. Coloca em questão o valor das disputas e da participação em gangs. A partir dai consegue que seus alunos se manifestem e partilhem suas realidades individuais. Deste momento em diante Erin consegue fazer uma avaliação diagnóstica de seus alunos evidenciando suas potencialidades. Passa então a planejar e executar ações para que ocorra o processo de ensino aprendizagem.

Em sua metodologia, Erin valoriza o que o aluno traz de conhecimentos prévios, especialmente quando os motiva para a escrita de um diário que mais tarde se tornará um marco na história não só de seus alunos, mas da própria escola e das comunidades à sua volta.

A leitura do livro “O diário de Anne Frank” é o embasamento que os alunos de Erin necessitavam para retomar o sentido de suas existências, resgatarem a autoestima e se sentirem iguais em suas diversidades. Passam a se sentirem seguros e a turma se sente como uma família.

A professora Erin Gruwell ou professora G como passa a ser chamada por seus alunos, mostra que a educação é uma questão de oportunidade e que todos são capazes de construir conhecimentos. O diferencial foi sua ação inclusiva e a abordagem de temas que foram de encontro com as realidades vividas por aqueles jovens. A confiança conquistada pela professora leva seus alunos a sonharem com ações de aprendizagem antes inimagináveis por eles e a história culmina com a publicação do livro que é a soma dos diários dos alunos da integração.

Este filme traz à tona a necessidade de uma escola que olhe para seus alunos e propicie uma aprendizagem a partir de suas realidades, resgatando valores e promovendo o progresso intelectual e social dos alunos, comunidade e do próprio pessoal da escola. Torna-se, portanto um filme de grande valor na formação de professores e gestores de escola. 

Lúcia Maria da Silva, acadêmica do curso de Pedagogia na Pontifícia Universidade Católica do Estado de Goiás
 Texto de caráter meramente informativo. Reprodução autorizada desde que citada a fonte.

sábado, 9 de junho de 2012

Paulo Freire

Paulo Freire



Pedagogia do Oprimido 
É um dos mais conhecidos trabalhos do educador e filósofo brasileiro Paulo Freire. O livro foi escrito em 1968, quando o autor encontrava-se exilado no Chile. Proibido no Brasil, somente foi publicado no país em 1974.



Curiosidades sobre Paulo Freire:


Painel Paulo Freire no CEFORTEPE - Centro de Formação, Tecnologia e Pesquisa Educacional da Secretaria Municipal de Educação de Campinas-SP

 

Escultura em Estocolmo, Suécia. Paulo Freire (segundo da esquerda para a direita) aparece ao lado de outras seis personalidades internacionais, entre elas Pablo Neruda e Mao Tsé-Tung.

 

Declarada a anistia ao educador Paulo Freire,
com pedido de perdão

“Esse pedido de perdão se estende a cada brasileiro que, ainda hoje, não sabe ler sua própria língua”, disse o relator do processo, Edson Pistori.

Paulo Reglus Neves Freire nasceu em Recife, em 1921, e morreu em São Paulo, em 1997. Ficou conhecido pelo empenho em ensinar os mais pobres e se tornou uma inspiração para gerações de professores. Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, a partir de suas primeiras experiências, em 1963, quando ensinou 300 cortadores de cana a ler e a escrever em 45 dias. O educador sofreu perseguição do regime militar (1964-1985), ficou preso por 70 dias e foi exilado por 16 anos, considerado traidor.
Em 1967, durante o exílio, no Chile, escreveu o primeiro livro, Educação como Prática da Liberdade. Em 1968, publicou uma de suas obras mais conhecidas, Pedagogia do Oprimido. Freire retornou ao Brasil em 1980, com a anistia que permitiu o retorno dos exilados, e foi nomeado secretário de educação da cidade de São Paulo, cargo que exerceu até 1991.
Fonte: SETEC